Auto-Desenvolvimento
O Escotista
deve desenvolver uma série de atitudes básicas necessárias e imprescindíveis a
sua atuação como educador. Assim é fundamental aproveitar todas as
oportunidades que lhe sejam oferecidas; buscando sempre novas ocasiões de
melhorar, num esforço constante de aperfeiçoamento pessoal.
O Escotista
deve estar atento aos aspectos que são apresentados a seguir, analisando, de
quando em quando, os progressos obtidos e as dificuldades encontradas, buscando
a superação dos obstáculos.
Os membros juvenis
de uma seção só crescem na medida de que seus Escotistas também crescem.
O Escotista
sabe que, mesmo sendo voluntário, tem sérias responsabilidades, perante a
sociedade, os pais ou responsáveis dos membros juvenis e os Escoteiro. Tem
consciência de que a formação proposta pelo ME é produto do investimento de
recursos da comunidade; de espaço da
entidade patrocinadora e de tempo de todos os membros envolvidos no Escotismo.
Será instrumento de progresso ou não, conforme a compreensão que o Escotista
tiver do que lhe cabe realizar e a capacidade que tenham de fazê-lo, com
eficiência e harmonia.
O Escotista
responsável planeja o trabalho para aproveitar ao máximo o tempo disponível com
os jovens, estudando os objetivos definidos, melhor maneira de atingi-los, de
acordo com o propósito do Escotismo. Toma decisões esclarecidas em cada fase do
trabalho, analisando as vantagens e desvantagens, risco e viabilidade de cada
opção, de preferência em equipe.
Sua postura é
para o Escoteiro um exemplo vivo de hábitos e atitudes que deve desenvolver na
sua formação.
Finalmente, o
Escotista deve desenvolver entre os membros juvenis a prática de reflexão,
propiciando situações que possibilitem momentos de reflexões objetivas.
O Escotista
precisa ter em mente que as dificuldades de seus escoteiros podem ser superadas
com o trabalho conjunto seu, dos membros da chefia e dos jovens da seção.
Todavia é o Escotista que catalisa e cria as condições para que o trabalho de
todos frutifique. Manter um processo rico, inovador que não resulte em rotina
faz-se necessário realizar uma constante auto-análise e um esforço planejado
para melhorar. É fundamental desenvolver o hábito por leituras pertinentes;
destinar um horário para ler, para refletir sobre o próprio trabalho e planejar
maneiras de melhorá-lo. Bons filmes, o diálogo e o debate com pessoas
esclarecidas, favorecem o senso crítico e favorecem a formação do Escotista.
A busca de
aperfeiçoamento não deve ser limitada à prática do Escotismo mas também a
sua área profissional, familiar, etc.
O educador e
particularmente o Escotista, acredita que sempre há a possibilidade de
melhorar, ou seja a aquisição de conhecimento, de valores, da formação cidadão
é uma construção inacabada, cada jovem, cada ser humano sempre pode ser melhor
do que é. Esta é uma visão otimista que deve embeber todas as ações do
Escotista diante dos jovens.
Entretanto, o
otimismo não deve ser confundido com o bom humor ou com a alegria. Embora essas
qualidades sejam importantes no perfil do Escotista, o otimismo traduz-se pela
percepção positiva que mesmo nos fracassos há aprendizados e que vale tentar de
novo.
6 - Atitude
adequada com cada JOVEM
Cada jovem é único. Respeitar essa
individualidade é a base do trabalho do Escotista. Embora eles se vistam de
modo semelhante, falem uma linguagem comum, freqüentem os mesmo lugares: eles
são únicos: percebem e sentem diferentemente e as experiências comuns por que
passam os afeta de modo individual.
A percepção de cada jovem, em sua
individualidade, necessariamente, passa pela percepção do mundo o que cerca o
jovem, pelos laços sociais que mantém e desenvolve, por sua relações
familiares. Isto significa compreender o jovem em sua globalidade.
O psicólogo Walter Gomes de Souza, desenvolveu “Conselhos para um Conselheiro Comprometido” que se aplica inteiramente a postura desejada para um Escotista. Eis os Conselhos:
“
·
Saiba ouvir incondicionalmente. Desarme-se e
abra-se.
·
Evite pré julgamento. A aceitação é o primeiro
sinal de afeto.
·
Saiba perguntar sem ser invasivo. Quem pede
ajuda estabelece limites.
·
Garanta privacidade para que o outro experimente
liberdade para se expressar.
·
Comunique o seu compromisso com o sigilo, com o
respeito e com a ética.
·
Entenda que não existem soluções mágicas, nem
saídas mirabolantes.
·
Saiba que a solução é fruto de uma busca, de uma
construção.
·
Reforce a idéia de rede solidária (amizades).
·
Não caia na tentação da onipotência. Sua
intervenção tem limites.
·
Saiba que cada pessoa pensa e sente de forma
diferente mesmo que esteja enfrentando problemas semelhantes. Não há soluções
padronizadas.
·
Creia que as pessoas são fontes inesgotáveis de
ricas possibilidades.
·
Procure um referencial de afeto, segurança e
sabedoria.
·
Conselheiro também passa por problemas; por
isso, saiba pedir ajuda.”
Mas ressaltamos que o fundamento principal da postura de um Escotista é a disposição para o auto aperfeiçoamento, pois com a prática supervisionada na seção, as demais atitudes serão, progressivamente, trabalhadas e incorporadas ao dia-a-dia no nosso trabalho.