“Trá, trá, trá”… Essa foi a onomatopeia mais escutada no Carnaval 2016. Mas não por causa da polícia nem da violência. Mas sim pelo sucesso estrondoso do ‘Paredão Metralhadora’, da banda Vingadora.
O hit caiu na graça dos conterrâneos, turistas e músicos de diversos estilos. Até as musas da axé music, Ivete Sangalo e Cláudia Leitte se renderam ao som da Metralhadora.
Ivete foi além: falou sobre a polêmica da música supostamente incitar a violência e defendeu que a canção deve sim levar o prêmio de melhor música desse Carnaval. “Eu vou cantar uma que acho que é a música do Carnaval. Essa música não tem nada. É apenas uma diversão, como as fanfarras dos anos 60, que tinham um duplo sentido, e vivíamos cantando essas canções, e não mudou nada”, defendeu a baiana.
Injustiça?
Aproveitando o polêmico ensejo, fica a pergunta: Será que se a Metralhadora fosse de Igor Kannário teria a mesma repercussão positiva?
A polêmica foi levantada pela esposa do cantor, Maria Quitéria. Segundo ela, caso o marido tivesse cantado o Paredão Metralhadora seria crucificado pela imprensa e pelo grande público. “Iam cair em cima dele dizendo que era apologia à violência”, diz.
A equipe do Aratu Online foi às ruas da Barra para ouvir a opinião do folião. E se Kannário tivesse lançado como música de trabalho o Paredão Metralhadora?
“Se a música fosse dele o pessoal iria criticar, pois ele tem a fama de ser violento”, diz Rebeca Mendes. “Acho que rola preconceito sim por ele ser um artista que representa a favela. Se a música fosse de Ivete ninguém ia falar nada”, Daniel Viana, folião pipoca.