quinta-feira, 4 de abril de 2013

História do Escotismo no Brasil

                                                              
HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DE SEU FUNDADOR


  

Robert Stephenson Smyth Baden-Powell à luz a 22 de Fevereiro de 1857, (LONDRES) mentor e fundador do escotismo, logo nos primeiros passos da juventude militar, (1876) prestou exames na Academia Militar e logo em seguida por sua aplicação recebeu a patente de Alferes do Regimento de Hussardos n.º 13 e o transferiram para as Índias, então possessão inglesa e desde cedo distinguiu entre seus pares não só pelo zelo no cumprimento dos seus deveres, mas também nas habilidades desportivas e boa camaradagem, culminando em 1883, com a idade de 26 anos, ser elevado a honraria militar de Capitão e Ajudante do Regimento. Em 1893 foi escolhido para uma missão especial contra os Povos Ashanti, (Índias), pois seu Rei nativo estava levando seus discípulos e Estado Indígena a graves complicações sociais e econômicas, quando BADEN POWELL foi enviado como adido militar comandante-em-chefe de uma expedição para restabelecer a ordem dos grupos antagônicos. Marchando com seus homens, POWELL por longos 200 km através de densos bosques e florestas, varando rios caudalosos, o protagonista POWELL com seu pioneirismo aprendeu a maneira prática e útil de construir pontes, sobreviver nas florestas, ouvindo aqui e acolá, ensinamentos e ditos populares como "devagar devagarzinho se apanha o macaquinho" que veio a ser o seu ditado preferido. Engalanou-se com um chapéu de aba larga pela primeira vez na operação dos Ashanti e os nativos chamaram-lhe, por isso, "Kantankye" ou "chapéu grande" e terminada a expedição foi promovido à patente de Coronel e pouco depois se punha a caminho do que ele dizia ser "a melhor aventura da vida "A Guerra dos Matabeles, hoje Zimbabwe, a antiga Rodésia, por onde haviam um grupo de imigrantes ingleses, (colonizadores) considerados pelos nativos como invasores levando-os a sublevação com o massacre de colonos, obrigando-os ao refúgio nas montanhas, perdendo seus bens e até entes queridos. Os nativos, também em guerra, refugiaram-se nas mesmas regiões dos colonos, mas sabiam os segredos das montanhas. Havia lugares difíceis de atingir, pois as suas grandes rochas ofereciam muitos perigos e Powell foi encarregado da explorar aquelas terras, mas sua missão não era fácil, pois tinha de descobrir o paradeiro do inimigo e o que era mais difícil, como atingir suas fortalezas. Perdeu muitas noites nas expedições de exploração, mas era tão bem sucedido, que quase sempre guiava os soldados ao lugar ideal para o ataque. Desenhou mapas de grande valor na estratégia militar e foi durante esta campanha que ele se tornou conhecido como um grande explorador e os povos nativos, os Matabeles o intitularam de "Impisa", "o lobo que não dorme".

Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - Lobo e filhote - o lobo que não dorme.
O LOBO QUE NÃO DORME

Mas Powell era um sorrateiro lobo e sabia que gritavam com ódio o seu nome e o ameaçavam com toda a espécie de torturas caso o capturassem e suas experiências de observação e dedução, bem como muitos dos episódios que viveu, foi por ele mais tarde aproveitados na educação dos jovens Escoteiros, os filhos do LOBO QUE NÃO DORME. Em seguida confiaram ao LOBO o comando do Regimento de Dragões 5, então em serviço na Índia e muito lastimou, mas fiel as ideais militares da FORÇA MILITAR DA INGLATERRA dedicou de corpo e alma ao novo trabalho, com entusiasmo e eficiência. Procurou que os seus soldados encontrassem a felicidade mesmo nas dificuldades e procurou conquistar-lhes rapidamente a confiança. A realização mais importante de BADEN POWELL foi seus métodos de treinamento e dedicação a estratégia militar, e dividia seis soldados em pequenas unidades de meia dúzia, gerando daí, a que nós depois no Escotismo chamaríamos Patrulhas - sob o comando de um deles - o nosso Guia de Patrulha. Aqueles que melhor desempenhassem os seus deveres tinham o privilégio de usar uma insígnia especial - uma Flor de Lis - que na bússola indica o rumo do Norte. Em 1899 POWELL regressou à Inglaterra e arquitetou outro empreendimento, sempre nas lições trazidas da Índia, em especial, o manuscrito de um pequeno livro chamado "Aids to Scouting" ("Auxiliar do Explorador") que continha as palestras que fizera aos seus soldados, com muitos exemplos de observação e dedução. Antes que o livro fosse publicado, já ele estava de novo a caminhos da África do Sul, onde se preparava uma Guerra com os Boers. Chamara-lhe a atenção, para seu orgulho militar e de cavalheiro, que seu livro "Aids to Scounting" tinha sido adotado como compêndio na educação da juventude inglesa, e um dos precursores do escotismo, Sir William Smith, fundador da Brigada dos Rapazes, pediu a POWELL que adaptasse os métodos de exploração à formação dos jovens. POWELL sem rogar, estudou um plano e em 1907 fez um acampamento experimental na ilha de Brownsea, com duas dezenas de rapazes de todas as classes. Este acampamento foi tão bem sucedido que resolveu escrever tudo o que tinha ensinado à volta do "Fogo de Conselho". Assim nasceu o "Escotismo para Rapazes". 

Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - scouting for boys - Baden Powell
Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - Escotismo para rapazes
Primeira ediçaoOutra edição

Foi primeiro publicado em fascículos quinzenais, nos primeiros meses de 1908. Os rapazes buscavam-no por toda a parte e rapidamente formaram Patrulhas com os seus amigos. O número cresceu depressa – e pelos fins de 1908, havia 60.000 Escoteiros, causando, inclusive, problemas de ordem material, pois o LOBO QUE NÃO DORME teve que se esforçar muito para conseguir insígnias, uniformes, cartões de filiação, tamanho o sucesso alcançado pelo escotismo nos ideais fundados do grande militar BADEN POWELL. Seu movimento cresceu tanto que em 1910, compreendeu-se que o escotismo seria a obra a construir os novos cérebros e uma juventude sadia. Baden Powell vendo o crescimento do escotismo e levado por esse idealismo exonerou-se das Armas Inglesas, onde havia chegado ao galardão de Tenente-General, e em uma segunda etapa, voltou-se inteiramente a consolidação de seus ideais no escotismo. OS LOBOS NUNCA DORMEM. 
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ENTENDA O BUREAU - O SÍMBOLO DO ESCOTISMO
Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - bureaus escoteiros - flor de lis escoteira



 IMAGENS HISTÓRICAS DE BADEN POWELL

Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - Baden Powell - foto histórica
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Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - Escoteiro Baden Powell - foto histórica
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Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA  - Escoteiro Baden Powell - foto histórica
Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - Escoteiro Baden Powell - foto histórica
Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - Escoteiro Baden Powell - foto histórica
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AS SEMENTES DO MOVIMENTO ESCOTISTA
A ARMADA BRASILEIRA – BERÇO DE HERÓIS
OS LOBOS NÃO DORMEM JAMAIS

marinheiros e oficiais brasileiros plantando os ideais de Baden Powell  

  Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA - ENCOURAÇADO RIACHUELO – MARINHA BRASILEIRA
ENCOURAÇADO RIACHUELO – MARINHA BRASILEIRA


Em 1907 foi o ano de esplendor do movimento escoteiro (Scouting for Boys) e desta data lembramos tanto sua fundação em terras brasileiras, como pela sua importância na arregimentação dos moços para a paz e proteção da natureza. Naquele longínquo 1907, Oficiais e Praças da Armada Brasileira estavam na Inglaterra e vários se impressionaram com esse novo método de educação complementar que Baden Powell havia idealizado e o Suboficial Amélio Azevedo Marques não hesitou e com seu filho Aurélio, logo após ver as vantagens desses métodos escotistas, ingressou em um grupo de escoteiros da Inglaterra, vindo a tornar-se, além de uma lenda viva no nosso país, é considerado o primeiro escoteiro brasileiro.
   

Grupo Escoteiro Bragança Paulista - GEBRAPA

BADEN POWELL  

 Logo depois, por volta de 1910, o movimento escotista foi introduzido no Brasil, por intermédio desses marinheiros e oficiais da gloriosa Marinha Brasileira, os quais vestiram-se com os ideais de Powell, trazendo uniformes escoteiros e o lançamento das primeiras de sementes do movimento escoteiro no Brasil, culminado que, no dia 14 de junho de 1910, foi oficialmente fundado no Rio de Janeiro, o Centro de Boys Scouts do Brasil, nascido das primeiras semeaduras e precursor do escotismo. Esse é o verdadeiro marco inicial da história do escotismo no Brasil. A partir de 1914, surgiram em outras cidades vários núcleos, dos quais o mais importante foi a ABE - Associação Brasileira de Escoteiros em São Paulo , fundada com o apoio de respeitados Diretores de estabelecimentos de ensino, Secretários de Justiça e de Segurança Pública do Estado e pessoas que foram fundamentais para a consolidação do escotismo no Brasil, como Mário Cardim, que concretizou a idéia de criar a ABE e tomou a frente para a preparação das pessoas, regulamentos e estatutos. O jornalista Júlio de Mesquita, Diretor do "Estado de São Paulo" e o Ascanio Cerqueira, receberam da inesquecível dama da sociedade bandeirante Jerônima Mesquita, diretamente de Paris, o material didático do procedimento formal da organização, passando o grupo e alguns idealistas, a formatar nosso escotismo, para a formação de sua personalidade jurídica. A ABE espalhou o Movimento Escoteiro por todo o país e em 1915 já contava com representações na maioria dos Estados Brasileiros e neste mesmo ano, uma proposta para reconhecer o Escotismo como de Utilidade Pública resultou no Decreto do Poder Legislativo n.º 3297, sancionado pelo Presidente Wenceslau Braz e em 11 de junho de 1917 sancionou o DL, o qual em seu  artigo  1.º estabelecia: "São considerados de utilidade pública, para todos os efeitos, as associações brasileiras de escoteiros com sede no país." – a mãe-pátria brasileira acabava de gerar um de seus mais importantes filhos, o ESCOTISMO. A História do Escotismo no Brasil, porém, só veio a ganhar amplitude nacional em 1924, quando da fundação no Rio de Janeiro da UEB - União dos Escoteiros do Brasil, semente-mor unificadora do processo de aglutinação dos diversos grupos e núcleos escoteiros dispersos nas terras brasileiras, movimento consolidado por volta de 1950, quando a formação social foi fracionada por regiões e Estadas, cada uma delas abrangendo um Estado ou Território Nacional.  
Clique aqui e veja matéria do informativo da UEB, sobre o desenvolvimento do Escotismo no Brasil


                                                                

                                                                          

                                                                               
                                                                               
                                                                               

                                                                                   
                                                           
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