Vale ressaltar que outros estados, a exemplo do Rio de Janeiro, contabilizam as mortes dos policiais em serviço. Na Bahia, todos os militares entram no levantamento. A diferença vale apenas como forma de comparação, não minimiza em nada a alarmante situação de risco que estes servidores públicos estão submetidos quando vestindo a farda ou sem ela.
“Pelo menos um militar é morto a cada 32 horas no país. Este ano, na Bahia, já foram cinco abatidos”, reclamou Prisco. Ano passado, no Estado, foram assassinados 24 PMs, três deles em serviço. Em 2011 foram registrados 30 casos. “Precisamos dar mais estrutura aos nossos policiais”, reivindicou.
Audiência pública
O
vereador Prisco frisou que tem se esforçado para assegurar a presença
do secretário de Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, em uma
audiência pública na Câmara Municipal, com o objetivo de discutir os
altos índices de violência em Salvador.
Além
da presença do secretário, Prisco requereu, por escrito, a criação da
Frente Parlamentar de Segurança Pública Municipal. "Precisamos ter um
amplo debate sobre segurança. É urgente", alerta.
Cenário nacional
Segundo
dados apresentados pelo vereador, a Bahia ocupa o quarto lugar no
ranking dos Estados mais violentos do país, com 34,4 homicídios por
grupo de 100 mil habitantes.
Os
dados são do estudo O Mapa da Violência 2013, do Ministério da Saúde,
que revelam também que nos últimos 10 anos o estado teve um crescimento
de 195% nos índices de assassinatos. “A Bahia é o terceiro estado com
maior crescimento da violência, ficando atrás apenas de Alagoas e
Espírito Santo”, diz Prisco.
Segundo
o estudo, o Rio de Janeiro ocupa o oitavo lugar na lista dos mais
violentos, com 26,4 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes.
“Enquanto na Bahia registramos um crescimento de 195%, em 10 anos,
estados considerados violentos como Rio de Janeiro e São Paulo
apresentam declínio, no mesmo período, de 43% e 67% respectivamente”,
conta.