terça-feira, 26 de agosto de 2014

Família procura por advogado sequestrado por vizinho na Graça

Sequestrador se mudou para prédio de advogado e se aproximou dele sabendo que ele tinha boa condição financeira


Advogado foi sequestrado há cerca de 4 meses
(Foto: Acervo Pessoal)
O advogado Ricardo Melo, 37 anos, foi sequestrado na Graça, bairro nobre de Salvador há quase quatro meses. O único suspeito pelo crime é Paulo Roberto Gomes Guimarães Filho, o Paulinho Mega, que era vizinho da vítima. Ele é fugitivo da Justiça e já foi condenado pela polícia por tráfico internacional de drogas, por ordenar a morte de um amigo de infância e pela morte, por estrangulamento em sessão de tortura, de outro vizinho.
O sequestrador alugou um apartamento no primeiro andar do prédio de Ricardo, no Corredor da Vitória, e foi se aproximando do advogado. Ele chegou a inventar que estava com câncer terminal para comovê-lo. Ele sabia que o advogado tinha boa condição financeira.
Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram quando o sequestro começou - na manhã de 29 de abril, aniversário de Ricardo. O advogado sai do apartamento para pegar o elevador. Logo depois, Paulinho Mega também passa para pegar o elevador. O carro do advogado deixa o prédio dez minutos. Às 6h52, o carro chega a um posto de gasolina e os dois descem do carro enquanto o veículo é abastecido. Pouco depois, saem em direção ao Vale do Canela.
Na mesma tarde, Paulinho é visto entrando em um banco na avenida Heitor Dias - segundo a polícia, ele foi tentar sacar dinheiro da conta de Ricardo, mas o cartão estava bloqueado. No dia seguinte, a família recebeu uma mensagem enviada do celular de Ricardo dizendo que deveriam fazer tudo que eles mandassem para que o advogado retornasse para casa com vida. No dia seguinte, outra pessoa mandou mensagem de texto para a família mandando dados de uma conta para que o dinheiro fosse depositado.
A polícia investigou e descobriu que a conta em questão pertencia a uma criança, filho de Paulinho Mega. "Era uma conta poupança, que estava em nome de um filho de Paulinho Mega. Ele sempre utilizou essa conta para depositar recursos provenientes de suas atividades criminosas", disse à TV Bahia o delegado Cleandro Pimenta. De acordo com o delegado, Paulinho é conhecido por "mega" por ter traços de megalomania. "É um típico psicopata. É frio, calculista. Não possui sentimentos, nem arrependimento após a prática de um crime cruel".
A investigação mostra que em dez dias que se conheceram, Paulinho Mega procurou aumentar o relacionamento com o advogado. "No período de dez dias ele fez amizade com Ricardo, conheceu os gostos de Ricardo e demonstrou também ser amante de lanches e de automóveis, como Ricardo. No dia do crime ele informou para Ricardo que iria receber uma Maserati, um carro caro e que desperta a atenção daquelas que amam o automobilismo. Por essa razão eles se reuniram na manhã daquela terça-feira e foram receber aquele veículo".
A mãe faz um apelo e pede que quem souber de algo ajude. "Pelo amor de Deus, eu preciso ver o meu filho. Eu perdi meu marido tem um ano e pouco, depois eu perco o único filho que tenho... É uma dor imensa! Eu só quero meu filho...", diz Miriam Andrade de Melo. A mãe afirmava que o filho já desconfiava que as histórias de Paulinho Mega não eram verdadeiras. "Eu disse, 'Meu filho, você vai perder seu tempo ajudando uma pessoa que você nem conhece?'. Ele disse assim, 'Eu quero ver até onde chega esse maluco'. Ele já desconfiava que as informações que ele passava de riqueza, de ostentação, nada batia".
O contato por mensagem de texto foi o último entre sequestrador e família.
Paulinho Mega (Foto: Divulgação) fonte correio da bahia

Bandidos arrombam cofre com maçarico mesmo após alarme disparar em Mairi

 Eles passaram através de uma janela e entraram na agência, chegando até a área do cofre
Bandidos invadiram a agência do Banco do Brasil de Mairi, a 294 quilômetros de Salvador, e arrombaram o cofre na madrugada desta terça-feira (26). O alarme chegou a disparar, mas o arrombamento só foi notado quando funcionários chegaram para trabalhar no início da manhã.
Segundo a Polícia, os criminosos quebraram um cadeado e pularam um dos muros da agência. Eles passaram através de uma janela e entraram na agência, chegando até a área do cofre. Sem serem interrompidos, os criminosos utilizaram um maçarico para arrombar o cofre.
"O alarme disparou e nós enviamos uma equipe de policiais militares até a agência. Porém, os policiais não viram sinais de arrombamento em portas, janelas, nem a presença de veículos, nem de pessoas no interior da agência", informou um policial ao Correio24horas. Ainda não há informações da quantia em dinheiro levado da agência pelos assaltantes.
Uma equipe de perícia do Banco do Brasil chegou ao local por volta do meio-dia. Por conta do arrombamento, a agência permaneceu fechada nesta terça (26). Não há previsão para retorno das atividades na agência bancária. As informações são do Correio.

Presídio de Feira servirá de teste para detenção de LGBTs

A Defensoria Pública da Bahia e a Secretaria de Administração e Ressocialização Penitenciária da Bahia (Seap) formalizaram um acordo para a implantação da Resolução Conjunta nº 01/2014 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) e Conselho Criminal de Combate à Discriminação, que prevê parâmetros de acolhimento de LGBTs em privação de liberdade no Brasil.

Inicialmente duas unidades prisionais – a Cadeia Pública, no Complexo da Mata Escura, e o Presídio de Feira de Santana, no interior - servirão como piloto para a adequação à Resolução do CNPCP, de abril deste ano, no que se refere à implantação das alas LGBT. De acordo com o diretor de segurança prisional da Seap, Major Júlio César, até 30 de setembro, as duas unidades terão alas específicas de LGBTs, com tratamento médico adequado (a partir da criação de um grupo de trabalho em saúde voltado para essas pessoas e formação continuada para agentes e servidores), com o apoio da Defensoria, além da inclusão do nome social nos prontuários dos custodiados, que deverá se estender para todo o sistema prisional baiano.

As medidas vão ao encontro da Resolução da Presidência da República, que prevê diversas garantias ao público LGBT custodiado em presídios, por entender ser este um grupo vulnerável dentro do sistema carcerário brasileiro. Segundo a norma, as unidades prisionais devem garantir, entre outras medidas, o registro do nome social na admissão de travestis e transexuais no estabelecimento prisional; o direito à visita íntima; atenção integral à saúde, atendidos os parâmetros da Política Nacional de Saúde Integral LGBT; manutenção do tratamento hormonal para travestis e transexuais, além de capacitação continuada aos profissionais dos estabelecimentos na perspectiva dos direitos humanos e princípios de igualdade e não discriminação.

Preservação de direitos

“O ambiente prisional brasileiro é extremamente difícil, machista e de disputa de poder. LGBTs custodiados estão com a liberdade privada, mas essas pessoas têm outros direitos que precisam ser preservados. A criação de alas específicas é apenas uma das medidas de construção da implantação desses direitos previstos na Resolução”, afirmou a subcoordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Bethânia Ferreira.

A oferta de espaços diferenciados aos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, um dos pontos mais controversos da Resolução, é considerada um desafio para os profissionais, que atuam na área prisional do estado devido à falta de rstrutura física dos presídios. Segundo dados atualizados da Seap, a Bahia tem hoje com população carcerária excedente de 3.901 pessoas.  

As informações são da Secom/BA

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