Manifestantes voltaram a fazer uma caminhada em apoio à presidente Dilma Rousseff na tarde desta quinta-feira (31) no centro de Salvador. O grupo protesta contra andamentos do processo de impeachment, considerado por eles um golpe na democracia brasileira. Além de Salvador, outras cidades baianas também registraram manifestações, como Feira de Santana, Ilhéus e Juazeiro.
Vestido majoritariamente de vermelho e ao som de gritos de “não vai ter golpe”, o grupo saiu do Campo Grande em direção ao Campo da Pólvora, onde existe um monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. Um trio elétrico acompanhou o percurso. A estimativa da Polícia Militar é de 12 mil participantes no ato.
“Essa manifestação de um lado representa a defesa da democracia e da liberdade. Não aceitamos desrespeito à Constituição, ao Estado de direito e queremos acima de tudo a preservação da democracia em nosso pais. Hoje também é a data em que houve, em 64, um golpe militar que resultou na prisão, tortura e assassinato de milhares de brasileiros e também a extinção de partidos políticos. Por tudo isso nós estamos nas ruas, não em defesa de um governo ou um partido, mas em defesa do direito da sociedade que o estado de direito não seja desrespeitado e que a gente possa construir um futuro para que nosso país que não tenha mais golpe”, diz Walter Takemoto, do Movimento Passe Livre (MPL- Salvador).
O presidente do PSOL em Salvador, Fábio Nogueira, diz que o partido faz oposição ao governo do PT, mas não pode se omitir diante do que considera um golpe.”Não há fundamentação para impeachment da presidente Dilma. Continuamos fazendo oposição a política do PT, à política de ajuste fiscal, mas defendendo nesse momento a democracia como valor”, afirmou Nogueira.
Centenas de pessoas participaram do ato público em defesa da democracia e contra o afastamento da Presidente da República Dilma Roussef em Feira de Santana